sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A DEMOCRACIA NÃO PRECISAVA DISSO


Collor dá uma "banana" a eleitores cercado por tonton macoutes: triste história.

De volta ao passado. Súbito, vi nas cenas de intolerância registradas, ontem (21), na capital paranaense, a clássica foto de Collor de Melllo dando uma banana para o fotógrafo, garantido pelos tonton macoutes que o cercavam.

Foi uma espécie de déjà-vu. Desta vez protagonizada por curitibanos, anônimos por excelência, que estavam no lugar errado e na hora errada ao dispararem ofensas contra Dilma Rousseff, inclusive gestuais, e ao fim e ao cabo, atirarem bexigas d´água no “Dilmamóvel”, a geringonça utilizada pela candidata petista para se locomover em sua campanha eleitoral.

A marca do brasileiro cordial e da Curitiba “primeiro mundo” evaporou-se em segundos. Repetia-se, um dia depois, a cena de ódio de que José Serra fora vítima, na zona Oeste do Rio de Janeiro, ao ser atingido por uma bobina de fita crepe ou por um objeto voador não identificado.

Quem atira uma bobina ou uma bexiga d´água atira um ovo e até... uma pedra. E ainda estamos no terreno do brasileiro cordial.

Se Curitiba tem um passado que a condena é o fato de ser a única capital, no país a votar maciçamente no integralista (fascista) Plínio Salgado nas eleições presidenciais de 1955. Foi um assombro. De tal sorte, que Salgado sentiu-se à vontade para concorrer a deputado federal pelo estado em 1958. Venceu. Junto com ele, o inominável Jânio Quadros.

De resto, o acirramento dos ânimos, no segundo turno das eleições de 2010, tem origem no eterno discurso de Lula de querer dividir o país entre pobres e ricos ou, para ficar no linguajar lulista, nos membros “dazelite”.

Lula e os petistas também são responsáveis por darem o tom de guerra à campanha. O presidente, por exemplo, declarou que é preciso “exterminar o DEM”. Os petistas fazem uso dos blogs e sites oficiais, pagos com dinheiro público, para acirrar o ódio entre as classes sociais. É um absurdo que não explica a violência registrada nos últimos dias, mas ajuda a entendê-la.

A nove dias do segundo turno, é difícil dimensionar o que vem por aí. Se os tonton macoutes resolverem agir em represália ao ocorrido em Curitiba, o Brasil pode viver uma praça de guerra. Talvez seja a praia dos petistas e de parte dos curitibanos que se dispuseram a disparar ofensas contra o clone do “Papamóvel” de Dilma. Amém.

De qualquer forma, o ocaso de Lula vem se transformando num episódio lamentável na história do país. Nunca antes...

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