quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A QUE PONTO CHEGAMOS


O coordenador de campanha do PT, Antônio Palocci, e a presidenciável Dilma Rousseff: protagonistas de escândalos de lesa-Estado muito parecidos.

O PT foi o responsável por infringir o pilar de sustentação da República ao quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo de Souza e, assim, desmenti-lo quando o ministro Antônio Palocci (Fazenda) foi acusado de juntar, no mesmo caldeirão, lobistas e mulheres de vida airada em uma mansão, no Lago Sul de Brasília, conhecida com a alcunha vulgata de “República de Ribeirão”.
Isso ocorreu em 2006 e Palocci saiu de cena, fritado convenientemente por Lula, que naquele ano disputaria a reeleição, para voltar como coordenador de campanha de Dilma Rousseff quatro anos depois, com ar de ex-estuprador.

Da mesma forma, Dilma Rousseff que deitou e rolou com dossiês fajutos contra Fernando Henrique Cardoso e Dona Ruth Cardoso, na Casa Civil, por conta do escândalo dos cartões corporativos, saiu chamuscada, mas ilesa, do episódio, e agora, sem tocar no assunto, surfa na mesma prancha de Lula, impondo vantagem estarrecedora à frente do tucano José Serra.

A Folha de S. Paulo já havia revelado, em junho, a violação do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, dentro da Receita Federal Eis outro pilar de sustentação do Estado Democrático, que os aloprados do PT fizeram questão de quebrar, sem o menor sinal de punição à vista. A isso, junte-se agora, a revelação de que, no mesmo dia, no mesmo lugar e da mesma forma, foram estuprados os dados fiscais de outras três pessoas próximas ao candidato à presidência da República, José Serra.

O mais alarmante é que a Receita Federal se nega a dar informações sobre o assunto, mesmo de posse de todas os dados. Ou seja, quem violou quando violou e a mando de quem violou, sem justificativa, as declarações do imposto de renda dos quatro tucanos.

Falar contra o companheiro Lula, já se viu e até Serra comprovou, é crime de lesa-pátria. Pois vai aí uma má notícia para os membros aloprados do governo: quebrar sigilo fiscal ou bancário é crime de lesa-Estado. Põe as instituições em risco e pode levar o país ao descrédito internacional.

A considerar que as violações foram urdidas por um “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff – com o aval da própria petista – e os fatos ganham contornos sombrios, que deveriam estar sendo discutido e investigados neste momento, à revelia da campanha eleitoral. Não cabe avaliar se Serra e os tucanos tem tanto fôlego. Mas que as cenas são a de um filme que poderia ganhar o título de “Aloprados 2 – a Trapalhada Continua” não há dúvida. Esperemos os próximos capítulos que devem ser conhecidos. Ao menos pela força da lei.

2 comentários:

Paul Zudo. 26 de agosto de 2010 às 17:58  

Jornalistinha maron.

Marcus Vinicius Gomes 27 de agosto de 2010 às 15:47  

Analfabeto vermelho.

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