O QUE MARINA SILVA PRECISA SABER SOBRE O PV
A presidenciável Marina Silva, do PV, durante discurso: partido anda mais sujo que "pau de galinheiro".
IRREGULARIDADES CONTÁBEIS
As denúncias contra o Partido Verde referem-se principalmente a José Luiz França Penna, um músico desconhecido que há 19 anos preside o PV nacional e o então diretor financeiro Eduardo Brandão. Em 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomendou a rejeição das contas do PV, referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006, em função das inúmeras fraudes e irregularidades.
Para disputar as eleições, a direção do PV reconheceu as irregularidades e concordou em devolver cerca de R$ 94 mil. Foi uma benesse. Caso rejeitasse as contas, o prejuízo do PV referente ao repasse do Fundo Partidário alcançaria a cifra de R$ 5 milhões anuais.
Esta foi a segunda vez que o PV esteve prestes a perder o repasse. Em 1998, as contas do partido, no período em que foi presidido pelo “carbonário” Alfredo Sirkis, também foram recusadas pelo TSE. A administração de Sirkis foi considerada tão desastrosa que o ex-pŕesidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cogitou pedir o CANCELAMENTO DO REGISTRO DO PARTIDO.
O QUE PESA SOBRE O PV
Diárias de viagens que jamais foram realizadas.
Prestaçõrd de contas mostram que a mulher de Penna, Patrícia Ribeiro, costuma fazer viagens turísticas acompanhando o marido em encontros partidários. Sempre às custas do Partido Verde.
A mulher de Penna visitou Curitiba em junho de 2005. No mês seguinte viajou para Manaus. Em agosto esteve em Camboriú (SC). E em setembro foi passear em Fortaleza.
Outras pessoas estranhas ao partido – Alessandro Soares, Renata Fernandes e Gastão Ramos – também tiveram passagens aéreas e estadias pagas pelo PV com recursos públicos do Fundo Partidário.
Além disso, Penna liberou passagens e estadias para a funcionária Joyce Fleury, para o motorista que serve ao partido, Alexandre Soares, e, não satisfeito, fez o PV patrocinar uma viagem a Manaus para seu irmão Hermano Penna.
Chega a surpreender também o consumo de gasolina do partido. A média é de 1 litro por quilômetro percorrido – um recorde mundial. Nem carros de F-1 consomem tanto.
Bolsa-Ditadura para não morrer à míngua, dependendo dos meus parentes.
GABEIRA E A “BOLSA-DITADURA”
Em abril de 2008, o prefeito do Rio, César Maia (DEM) denunciou em seu Ex-Blog, que o deputado federal Fernando Gabeira havia solicitado, em 2003 – primeiro ano do governo Lula – uma espécie de “bolsa-ditadura” ao governo. Gabeira queria o reconhecimento dos sete anos em que ficou exilado na Suécia e trabalhou como maquinista de metrô e também como jornalista de uma rádio sueca.
FRASE DE GABEIRA
“Não queria morrer à mingua. Nem depender de amigos ou dos meus filhos”.
GABEIRA EM CURITIBA
Em 20 de junho de 2008, o líder do PV na Câmara Municipal de Curitiba, Paulo Salamuni (hoje candidato ao governo pelo partido) fez troça com as ameaças do presidente estadual do PV, Melo Viana, que ameaçava expulsar os três vereadores da legenda, caso eles insistissem em acompanhar Fernando Gabeira na visita ao prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).
FRASES DE PAULO SALAMUNI
“Acho que ele se precipitou. O Viana pensa que é o Malba Tahan da política do Paraná”.
“Como presidente do PV, o Viana é um excelente balconista do Banco Central”.
PV FRAUDOU NOTAS PARA JUSTIFICAR DESPESAS
A direção nacional do PV incluiu notas fiscais de empresas fantasmas nas prestações de contas apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) referentes a 2004 e 2005.As firmas deveriam funcionar em Campina do Monte Alegre (a 230 km de São Paulo) no momento em que emitiram os documentos fiscais, mas não existiam, conforme constatação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual. Suspeita-se da existência de 639 empresas com endereços fictícios na cidade.
Nas prestações de contas em análise pelo TSE, a Folha de S. Paulo encontrou, em reportagem publicada em junho de 2008, sete notas de empresas que não existem nos endereços que constam dos documentos. Elas foram entregues para justificar supostos gastos de R$ 130 mil do partido com criação digital, marketing, elaboração de programa partidário e gravação de peças publicitárias para a TV. A maior fonte de renda do partido é o Fundo Partidário, custeado por verbas públicas, que em 2004 e 2005 repassou ao PV R$ 793 mil.
O TCE de São Paulo inspecionou em setembro de 2005 os endereços de 639 empresas registradas num cadastro de prestadores de serviço à prefeitura, organizado por Camacho.
No imóvel 138 da rua Amâncio Borba, os técnicos do tribunal encontraram uma casa de família. Ali deveria funcionar a firma Pipe Comércio Cine-Vídeo. Segundo nota apresentada à Justiça Eleitoral pelo PV, a Pipe recebeu do partido R$ 7.280 referentes a "serviços de cine-vídeo e planejamentos de marketing" em 2005.
Outras 20 empresas deveriam funcionar naquele endereço, entre elas a Suvina Informática, que emitiu notas de R$ 3.185 em 2004 e R$ 4.800 em 2005, por serviços de "produção e criação digital" e "produção de campanha eleitoral".
FRASES DE FERNANDO GABEIRA
"Estou esperando o resultado da auditoria ou a sentença do tribunal para tomar uma posição", afirmou. "Não conheço os dados, mas, se eu constatar que as acusações são graves, vou pedir o afastamento temporário da direção nacional."
"Se ficar provado que houve irregularidades, o tribunal tem de punir".
"Mas o que prejudica mais é ver esse tipo de notícia sobre o PV, que tem para muita gente uma identificação direta comigo".
MAURÍCIO FURTADO – CANDIDATO DO PV À PREFEITURA DE CURITIBA - 2008
Colega do presidente do PV estadual no Banco Central, Maurício Paulo Silva Furtado, 60 anos, foi escolhido como candidato do partido em uma convenção inusual. Furtado era um ilustre desconhecido até entre os dirigentes do partido. Se havia alguma menção sobre ele era a de que, em 2006, ele foi acusado em nota publicada na revista “Veja” de ser um dos artífices – juntamente com outros dois funcionários do BC – de elaborar um relatório paralelo da CPI dos Correios, sob encomenda do deputado federal petista Maurício Rands (PE), cujo partido chafurdava então (e ainda chafurda) no escândalo do mensalão. Furtado e outros dois funcionários do BC acusados da participação na redação do documento, reagiram. Segundo “carta de repúdio” divulgada à imprensa eles só teriam colaborado nos relatórios de uma das sub-relatorias da CPI dos Correios. De outra sorte, não haveria nada de mais se confeccionassem um relatório paralelo. Reparou no tempo verbal? Furtado, como se vê, não é tão incógnito assim.
Maurício Furtado, candidato à prefeitura de Curitiba em 2008: oito mil votos e surra na esposa 30 anos mais nova.
SOVA NA ESPOSA
Com 8 mil votos amealhados nas eleições para a prefeitura, Furtado, que havia recebido a missão de atacar o candidato tucano Beto Richa durante as eleições, achou por bem atacar também sua esposa. Em 12 de fevereiro de 2009, a página policial dos jornais registrava que o ex-candidato agredira com tapas, socos, e joelhadas na boca e no nariz a esposa, Débora Pereira Francisco, 30 anos mais nova. O caso foi parar na Delegacia da Mulher e Débora, orientada pela delegada, pediu medidas de proteção contra o marido, baseando-se na Lei Maria da Penha. Desde então, Furtado, que é sindicalista e tem cara de mau, deve manter-se afastado do lar e da convivência com a agredida. Quanto aos 8 mil votos, seriam insuficientes para eleger sequer um vereador. O presidente do PV, Melo Viana, se esquivou de comentar o assunto dizendo tratar-se de um assunto pessoal.
CASO GALDINO - MARÇO DE 2009
O vereador de Curitiba (Paraná), Professor Galdino, foi expulso do Partido Verdade após exonerar dois militantes do partidos que não compareciam ao trabalho – Raphael Rolim e Rosana Souza de Oliveira (telefonista).
FRASE DE GALDINO
“Não se pode utilizar dinheiro público para sustentar funcionários fantasmas ou invisíveis”
MELO VIANA
O presidente do PV do Paraná, Antônio Jorge Melo Viana alegou que, “estatutariamente”, os dois militantes, com salário de R$ 3.900 e R$ 900, não precisavam comparecer à Câmara Municipal de Curitiba, já que foram contratados pelo gabinete de Galdino para “servirem” ao PV.
ASSÉDIO
Em nota, o PV disse mais. A expulsão de Galdino teria sido motivada por uma denúncia de assédio contra uma assessora parlamentar do atual candidato ao governo do estado pelo PV, Paulo Salamuni. Katia Rosana Curtis de Mello, a assessora, fez a denúncia na sede do partido e não na polícia. Galdino rebateu e disse que a denúncia seria outra armação. A assessora exibiu um mês e meio de férias antes de iniciar seus trabalhos.
FRASE DE GALDINO
“Como poderia contratar alguém que pede férias antes de começar a trabalhar? O dinheiro público não pode ser usado dessa maneira”.
DESFECHO
Confrontada com a Justiça e com a possibilidade de vir a ser presa por perjúrio, Katia negou a acusação e disse que tudo não passara de uma “brincadeirinha”.
VIANA MUDA FOCO
Em 19 de março de 2009, a Gazeta do Povo publicou reportagem com Melo Viana em que ele muda o foco da acusação contra Galdino. Diz que o problema não é mais a exoneração dos funcionários de gabinete, mas o assédio sexual, além de suspeitas de Caixa 2. Galdino declarou gastos de R$ 520 na campanha, em que se utilizou de um triciclo adaptado com uma aparelhagem de som e um voluntário encarregado de pedalá-lo.
FRASE DE MELO VIANA
O que é trabalhar? Num gabinete cabem três pessoas. Há vereador que tem 19 comissionados [legalmente são 11]. Onde estão essas pessoas? Nos escritórios dos vereadores. O vereador pode colocar os funcionários em qualquer lugar da cidade.
(Os funcionários do Professor Galdino – 9 – estão todos lotados em seu gabinete).
O presidente estadual do PV, Melo Viana, ao lado do ex-governador Requião: boneco de ventríloquo.
FRASE DE MELO VIANA
A Rosane (Ferreira), que é deputada estadual do Paraná, tem quase 20 servidores, mas apenas três no gabinete. O resto está em Araucária, na sede do partido no município e no escritório político dela. É assim que é a política. Como diz o (Fernando) Gabeira): “Vamos supor que a realidade existe”.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS EM DIREITO
O uso de servidores comissionados do Poder Legislativo em atividades internas do paritdo pode caracterizar improbidade administrativa.
FRASE DE LUIZ FERNANDO PEREIRA (UNIBRASIL)
“O parlamentar pode ser obrigado a devolver o dinheiro correspondente aos salários pagos aos funcionários que estavam lotados em seu gabinete, mas serviam ao partido”.
1 comentários:
E o Aloisio, onde entra nessa história?
Postar um comentário
Somente aqui a sua mensagem não precisa passar pelo crivo da censura. Use e lambuze, mas respeite a Convenção de Genebra.