CÂMARA ADOTA MÉTODO VAGAREZA, OPS, VACAREZZA NA COPA
A Câmara Municipal de Curitiba anunciou, na calada do dia e da noite, a adoção do método Cândido Vacarezza (PT-SP) na Copa do Mundo. Entre os dias 14 de junho e até o final do Mundial da África do Sul, as sessões do legislativo municipal serão realizadas na parte da manhã entre 9 e 12h para não atrapalhar a confraternização futebolística dos vereadores.
Quando formulou a proposta, o líder do governo na Câmara dos Deputados foi devidamente imolado por seus pares. Aqui, no baixo clero, o churrasquinho corre mais embaixo. Não há vereador em um horizonte próximo que não aprove a medida. Ainda mais, porque estamos às vésperas das convenções e da corrida eleitoral e os parlamentares, com raras exceções, já dançam o rebolation em busca de votos para a campanha do porvir.
O site CMI (Centro de Mídia Independente) achou muito justa a proposta de Vacarezza temendo o “pacote de bondades” que poderia advir dos deputados às vésperas das eleições. Ora, se primamos por esse raciocínio o tal papai-noel do saco vermelho já passou por Câmara e Senado ao aprovar o aumento de 7,7% aos aposentados e acabar com o fator previdenciário, que impedia que os proventos da “turma do pijama” atingisse os píncaros da glória.
O CMI considera que é justo que a nação paralise suas atividades em homenagem ao esquadrão canarinho que honrará as cores do Brasil nos gramados africanos. Façam o mesmo com as indústrias e o comércio e estamos conversados.
Muito apropriadamente os que ouviram a proposta de Vacarezza na Câmara passaram a denominá-lo de Vagareza. É tudo o que o deputado quer e o epíteto lhe cai bem. Sossego e tranquilidade durante o torneio para aproveitar o melhor do esporte bretão. Afinal, Copa do Mundo só acontece de quatro em quatro anos. Eleição para presidente também. Mas isso é apenas um detalhe.
Se há mais a dizer, basta conferir as atividades dos vereadores curitibanos, afeitos a apresentar projetos que são um monumento ao discurso desperdiçado. Vão de lugar algum a lugar nenhum. Se sobrar espaço na agenda, os parlamentares garantem que nomeiam vinte ou trinta nomes de ruas – o estigma da Casa – e conferem títulos de cidadão honorário a uns dez ou doze. É a Câmara Municipal de Curitiba sempre alerta. E marcando golaço.
1 comentários:
e nos pagamos o salario deste monte de .....
que nojo.
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