TRÊS LINHAS E QUATRO VERDADES SOBRE O SECRETARIADO DE RICHA

1 Richa tinha planos de convencer Ney Leprevost (PP) a aceitar a Secretaria de Esporte e Lazer. Dessa forma, abriria uma vaga para o desembarcado Neivo Beraldin (PDT) na Assembléia e desobrigaria-se de abrir espaço para o vereador não-reeleito Jorge Bernardi (PDT), da cota de Osmar Dias. Leprevost, no entanto, não aceitou o cargo e provocou um ajuste de última hora.

2 A nomeação de Bernardi para uma secretaria especial que ainda não disse a que veio é promessa de barulho. O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), diz que se Richa encontrou uma vaga para Bernardi terá que fazer o mesmo para os tucanos que ficaram na rua da amargura – Nelly Almeida, entre outros.

3 Os tucanos também não gostaram nem um pouco de ver Marcos Isfer e Rubico Camargo controlando a Urbs.

4 Paulo Schmidt, desprestigiado desde que apresentou projeto de licitação dos transporte urbano que não agradou a gregos nem tampouco a baianos, ganhou prêmio de consolação na improvável Secretaria Especial de Recursos Humanos. Chinfrim que só vendo.

5 Deonilson Roldo ganhou status de super-herói e acumulou a pastas de Comunicação e a chefia de gabinete de Richa. Dizem por aí que, assim, passa o roldo, ops, o rodo em Rui Hara, que deixa de "ser" para "estar" secretário de Governo. Uma bruta diferença.

6 Richa se cercou da decisão do STF sobre o nepotismo para renomear a esposa, Fernanda Richa, e o irmão, Pepe Richa, na presidência da FAS e na Secretaria da Administração, respectivamente. Com isso dá munição ao bandido (leia-se Requião). Nepotistas unidos permanecem unidos.

7 Alceni Guerra (DEM), quem diria, assume a Secretaria de Planejamento com pompa e circunstância e diz que será o coordenador político de Richa. As penas dos tucanos estão eriçadas.

8 Ex-chefe de gabinete de Richa, José Carlos Hidalgo retoma as suas funções no diretório estadual do PSDB. Na ante-sala do gabinete do prefeito tinha codinome: "Chato".