segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

REINALDO AZEVEDO EM CURITIBA

Fiz das tripas coração para entrevistar o blogueiro de Veja, Reinaldo Azevedo, em sua passagem por Curitiba, no fim de novembro. Nem foi tão difícil assim. A entrevista foi no Hotel Bourbon, às 15h, no mesmo dia em que ele lançaria o livro "O País dos Petralhas" nas Livrarias Curitiba, no Shopping Estação. Àquela altura, a indignação de Reinaldo estava concentrada no recente episódio do kit de educação sexual distribuído pelo Ministério da Saúde nas escolas de São José do Rio Preto, em São Paulo, que incluía, além das camisinhas variadas, um pênis de 24 centímetros. O trabalho do professor seria ensinar as criancinhas de 11 e 12 anos a vestir o preservativo no tal falo que daria inveja a Priapo. Uma aberração, para dizer o mínimo.

A entrevista, de cerca de uma hora e meia, transformou-se em um longo artigo que será publicado na edição de dezembro da revista Idéias. Abaixo separei alguns trechos para o deleite dos meus caros leitores (todos os seis):


“Eu não tenho receio de elevar o nível, mas também não tenho medo de baixar. Se preciso eu faço briga de beira de tanque. Eu não sou do tipo finório. Eu já briguei até com mendigo na rua. Dei dois reais, ele não gostou, tomei de volta”

“Vivemos uma cultura que aposta no vale tudo. Na não responsabilização do indivíduo. E é preciso alertar para a responsabilidade individual. Você tem de saber que pôr aquilo naquilo faz neném, cara! Pôr aquilo naquilo pode trazer uma doença.”

“Se ser de direita é, em um ambiente democrático, não aceitar que a lei seja transgredida para fazer justiça social ou qualquer tipo de justiça, então eu sou de direita. A esquerda costuma fechar os olhos para isso. No meu entender, a transgressão, ainda que pareça justa, sempre vai criar mais injustiça”.

Azevedo começa às 3 da tarde, cumprindo a pauta registrada em post-its colados no computador, e segue até às 5 da madrugada do dia seguinte, quando termina o clipping dos jornais e só então segue para os braços de Morfeu, o deus do sono mitológico, com a ajudinha luxuosa de Stilnox, o deus do sono da medicina alopática.

Foi Zagallo quem cunhou a frase “Vão ter que me engolir” numa daquelas imolações futebolísticas da seleção brasileira. O blogueiro de “Veja” não faz essa imposição. Só pede aos petralhas, apedeutas, babalorixás de banânia, esquerdopatas, remelentos, malfadinhas e outros termos apresentados em seu “grossário” no fim do livro (imperdível), que ele tenha o direito democrático e inalienável de expressar sua opinião. O que, nesse caso, equivale a uma bomba de mil megatons.

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