segunda-feira, 19 de julho de 2010

LULA NO PAÍS DAS TRANSGRESSÕES


O presidente Lula se sente em casa sob diraturas sangrentas e governos de exceção: é o sonho de consumo do rei?

O colunista da "Folha de S. Paulo" Josias de Souza, definiu a Receita Federal como o portão de acesso da Casa da Mãe Joana. "Uma mãe simpática à presidenciável Dilma Rousseff (PT)". Senão como explicar que, após a comprovação da quebra de sigilo fiscal do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, por três vezes, anuncia-se a investigação e a conclusão num prazo de "120 dias". Em outras palavras, as eleições passarão ilesas e se Dilma for a vencedora dificilmente será imputada. "Isso é 'Embromation'", diz Eduardo Jorge.

Realmente não existe outra definição. Sabe-se, como afirmou o próprio secretário da Receita, Otacílio Dantas Cartaxo, que, por "cinco ou seis vezes" (5 ou 6 vezes!), auditores do fisco fuçaram documentos com o carimbo de "sigiloso" no prédio da Receita. O produto dessa ilegalidade foi parar no comitê central de Dilma Rousseff, em Brasília, onde acumularam-se várias ilegalidades até que parte dos integrantes do QG fossem afastados – o que não significa que foram demitidos.

O mesmo grupo que saiu à cata de informações sigilosas de Eduardo Jorge, também foi acusado de divulgar indevidamente, sempre através da camarilha petista, um auto de infração da Natura, empresa do candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PV), Guilherme Leal.

Josias de Souza lembra que, quando "motivados", acessos a esses tipos de dados fazem parte da rotina de trabalho dos auditores. Quando "imotivados" constituem crime, sujeito a investigação rigorosa, processo disciplinar, demissão e, em alguns casos, prisão.

Lembro, o caro leitor, que esta não é a primeira vez que o governo Lula atenta contra o Estado de dreito – base de qualquer democracia. Em 2006, o caseiro Francenildo dos Santos Costa denunciou a "casa dos prazeres" em Brasília onde, além de moças de vida airada, frequentavam o lugar também lobistas com vários interesses de negócio com a administração lulista. E quem era assíduo no local? O então todo-poderoso ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

O "erro" de Francenildo foi contar a verdade na CPI dos Bingos. Imediatamente seu sigilo bancário foi quebrado, a mando do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Matto, e o resultado – um saldo de R$ 25 mil – denunciado pela revista "Época".

A versão corrente da camarilha petista, encarregada do trabalho sujo, era provar que o DEM havia abastecido os bolsos do caseiro para que ele desse o depoimento. Um tiro no pé. Em poucos dias, revelou-se que o pai biológico de Francenildo, um empresário de ônibus do Piauí, que se afastara do filho, decidira depositar o dinheiro para que ele comprasse uma casa.

Foi o suficiente para colocar Antônio Palocci de novo em maus lençóis e acabar por derrubá-lo do governo. O que foi pouco, se considerado que ele retornaria a Brasília, desta vez como deputado federal eleito, com grandes chances de reassumir uma cadeira no ministério em uma eventual administração Dilma Rousseff (PT).

Quanto a Lula, este vem esbanjando ilegalidades a mancheias. Desobedeceu a legislação eleitoral por seis vezes e dá sinais de que o fará em outras ocasiões. Há um processo correndo no Rio Grande do Sul em que procuradores eleitorais investigam a impugnação da candidatura de Dilma por reincidência. Não deveria, mas vai ficar no papel. Da mesma maneira, aliás, que ficou no papel a participação de Palocci no caso Francenildo. O ex-ministro foi considerado inocente pelo Supremo Tribunal Federal, em agosto de 2009. Culpou-se apenas o presidente da CEF.

Lula vem desafiando impunemente, no fio bigode, o Judiciário. A tal ponto que incidiu e reincidiu ao citar Dilma Rousseff como aquela que será a condutora do "sucesso" do trem-bala que liga Rio a São Paulo, sem se preocupar com as sanções eleitorais. Afinal, "tudo vale a pena quanto a multa é pequena".


Lula e o presidente de Cuba, Raúl Castro (irmão de Fidel): branco só na fachada, porque no país caribenho a coisa está preta.

O caso mais excruciante da condução do governo Lula quando se trata de outro aspecto de ilegalidade (os direitos humanos) é o dos cubanos tratados como "criminosos comuns" pelo presidente petista quando eram, em verdade, "presos de consciência". Graças à ação da Espanha e do Vaticano, os detidos cubanos em luta heroica conseguiram a liberdade – 52 deles em números exatos. E todos exigem de Lula uma retratação.


Outdoor, em Sao Paulo, protesta contra a presença de Raúl Castro no Brasil: Lula queria um país sem restrição alguma. Inclusive ao Fisco do adversário.

É um desgaste que Lula merece, sob pena de que o Brasil seja equiparado a uma ditadura africana, como diz Josias de Souza. Aliás, a depender das visitas recentes de Lula aos países que vivem sob ditadura sangrenta, é lá que ele se sente em casa. Sem restrições de espécie alguma. Inclusive ao Fisco dos adversários.

1 comentários:

Marisa Cruz 19 de julho de 2010 às 11:58  

COMO MILITANTE DO BRASIL VARONIL,DEMOCRÁTICO, QUE RESPEITA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO,A ÉTICA E A TRANSPARÊNCIA NÃO QUERO MINHA BANDEIRA MANCHADA COM O VERMELHO DOS TIRANOS E DITADORES QUE MENTEM, MANIPULAM DADOS E TRANSGRIDEM AS LEIS COMO SE FOSSEM DONOS E SENHORES DO PAÍS.

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