DEPUTADOS JÁ REVOGARAM FIM DA ESCRAVIDÃO E AGORA INCLUÍRAM LITRO DE CACHAÇA NO BOLSA-FAMÍLIA
O deputado peemedebista Nelson Trad (MS) ficou irritado com os humoristas do CQC porque o fizeram assinar uma proposta incluindo um litro de cachaça no Bolsa-Família. Lula aprovaria.
Eu gosto de lembrar aos incautos que, logo que a democracia se restabeleceu no país, em meados da década de 80, a "Folha de S. Paulo" contratou uma equipe para coletar assinaturas para um projeto de lei inusitado na Câmara dos Deputados: revogar o fim da escravidão no país.
Muitos deputados assinaram, entre eles o Chefe do Mensalão, José Dirceu, na época sacudido e gabola. Foi um deus-nos-acuda. Os deputados admitiram que costumavam assinar projetos sem ler porque o texto ainda seria submetido às comissões e só então encaminhado para o plenário.
Disseram mais: como há muitos projetos em tramitação, consideravam natural rubricar a proposta sem ler o texto. Pois é, um quarto de século depois, eis que os piadistas do CQC (da Band) contrataram uma funcionária e fizeram com que ela convencesse o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) a rubricar um abaixo-assinado para incluir um litro de cachaça no Bolsa-Família. Ora, é a bebida preferida do presidente Lula, né não? O que há de mais?
Trad não gostou nem um pouco, quebrou a câmera do cinegrafista do humorístico e chegou a empurrar a repórter Mônica Iuzzi. As imagens foram ao ar na segunda-feira passada. O espírito de porco, ops, de corpo, então, foi acionado. O presidente interino da Câmara, Marco Maia (PT-RS), saidinho, já anda falando em excesso por parte de alguns jornalistas e vislumbra a possibilidade de tomar medidas institucionais.
E Maia foi secundado, logo por quem, José “Cuecão” Genoíno (PT-S) - @josegenoino: “Também tenho passado por essas situação”, disse choroso. “Conto até 10 para não falar. E passo reto. A coisa está chegando a um ataque individual”.
O comediante Rafinha Bastos (@RafinhaBastos) devolveu: “A Câmara quer proibir o CQC de 'constranger' os deputados. Pelo jeito eles não querem concorrência”.
De qualquer forma, o caso de revogar a lei da escravidão se repete (outra vez como comédia). E, pelo jeito, os parlamentares, não aprenderam. Ei, José Dirceu, ensina pra eles. Ou só tomando uma?
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