GAYS, LÉSBICAS E AS PRAGAS DO EGITO

Não faz muito a Argentina foi sede do Campeonato Mundial de Futebol Gay. Foi só mais uma das pragas do Egito (e bem na pátria de Los Hermanos) que a sociedade "politicamente correta" têm defendido com unhas e dentes para acomodar torneios, festivais, jogos de biriba e outros que tais das minorias desse mundão.

Por que um torneio de futebol só para gays e não só para judeus, esquizofrênicos, adventistas do sétimo dia, estrábicos? Já deu para perceber o ridículo da coisa?

Sim, há preconceito no futebol, mas isso não impede que os gays pratiquem o esporte, sigam carreira e alcancem a fama em clubes de renome. Obviamente a proporção de gays no futebol é pequena já que envolve força física, faltas grosseiras e outras machezas do cardápio. Da mesma maneira a proporção de homens heterossexuais no balé clássico é mínima. A começar por aquela malhinha apertada. É uma questão de "delicadeza".

Pois eis outra praga. Na semana passada, promoveu-se, em Brasília, a quarta edição (quarta!) da Mostra Lésbica de Cinema e Vídeo. Na minha santa ignorância, eu acho que cinema é cinema e não é preciso segmentar a esse ponto. Fosse filme pornô vá lá, mas acho que não é o caso. O que pode haver de escandaloso que já não se viu em filmes de Pasolini ("Saló", por exemplo) ou - para ficar no tema - em "Meninos Não Choram", de Kimberly Peirce.

Preto no branco, "Tootsie" uma comédia de Sydney Polack, é um filme lésbico. Afinal, não há lá uma cena em que Dustin Hoffmann, travestido de mulher para ganhar o papel em uma novela, faz menção de beijar Jessica Lange, que havia se tornado sua confidente, e ela recua enojada, julgando que Dorothy Michaels (Hoffmann) é lésbica?

Pois é. Que novidade um filme lésbico pode trazer que não possa ser exibido em uma mostra ou festival, como tantos que pululam por aí?

Humor, já se viu, esse pessoal tem. Dê uma espiada. O nome do grupo que organizou a mostra é "Coturno de Vênus". Elas são mesmo da fuzarca.