O DOCE SABOR DO INCORRETO
A Associação Brasileira de Gays Lésbicas e Transgênicos enviou carta de protesto contra as idéias defendidas pela psicóloga Rozângela Alves Justino, que diz ser capaz de mudar a orientação sexual dos homossexuais. Até aí nada de novo. Há "n" igrejas, pastores e babalorixás que dizem fazer o mesmo. O inusitado da entrevista dada pela psicóloga à revista "Veja" desta semana é justamente o humor - coisa que a ABGL não tem.
A começar pela foto da entrevista em que Rozângela aparece atrás de óculos escuros, peruca e máscara cirúrgica para que os ativistas gays não a reconheçam ("Eu recebo vários xingamentos, eles me chamam de velha, feia, demente, idiota").
Fiel da Igreja Batista, Rozângela diz que a sua missão de curar os gays veio através de um chamado divino numa música de Chico Buarque. Já sei. "Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni". Quaquaquá.
A psicóloga, a quem não chamaremos aqui de "louca de pedra",diz que há uma conspiração em curso e que o Conselho Federal de Psicologia, que a repreendeu, teria se aliado com um movimento politicamente organizado que busca a heterodestruição, comandado pelo movimento feminista e por um certo movimento pró-homossexualista. Hilário, né não? Mas a ABGLT (ei Toni Reis) está raivosa.
Tem mais. Rozângela diz ainda que este tal ativismo pró-homossexualismo tem o mesmo propósito dos nazistas. Criar uma raça pura de gays no mundo. Quaquaquá.
Rozângela garante que, em seu consultório, só atende pacientes homossexuais que desejam alterar a sua condição sexual (gays convictos jamais!) e que se mostram insatisfeitos. "Muitos, depois de uma relação homossexual sentem-se mal consigo mesmos. Eles podem até sentir alguma forma de prazer no ato sexual, mas depois ficam incomodados".
Sei. O bafo no cangote, a unha do dedão roçando o calcanhar, aquela sensação esquisita de ganhar um supositório tamanho Long Long John. Quaquaquá.
(Tem mais no post acima)
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