IMPRENSA-POODLE
A "Gazeta" anuncia que só duas em 20 obras do PAC estão avançadas no Paraná. Nenhuma novidade. Não faz muito tempo, "Veja" fez o mesmo balanço, mas abrangeu todo o país.
De qualquer forma, este será o carro-chefe de campanha da ministra Dilma Roussef, caso se confirme mesmo a sua candidatura à sucessão de Lula. Não por acaso ela ganhou do presidente o epíteto de "Mãe do PAC" no estilo "toma que o filho é teu".
Enquanto Dilma ganha nova roupagem com cirurgia plásticas e outros salamaleques, Lula garante que não medirá esforços para fazer o seu sucessor. Para isso, pretende lançar mão não só do Bolsa-Família, carro-chefe do governo petista, mas também do PAC, ainda que aos trancos e barrancos.
Lula tem a força do discurso de palanque, mas espera também contar com a imprensa-poodle, regiamente abastecida com a publicidade oficial nos últimos anos.
Há casos em que a "crise" - esta que vos atormenta - refluiu das manchetes para atender desejos eleitoreiros do governo que estão no porvir.
Fonte segura de um jornal - onde e quando não importa, eles são muitos e estão espalhados na planície, no planalto e no cerrado - garante que as editorias de Economia estão sendo orientadas, sempre a pedido do governo, a dar menor destaque à palavra crise para que ela não seja assimilada pelo "imaginário popular".
O clima é o que se vê. Mesmo diante de um cenário negativo, o noticiário se esforça para registrar o instantâneo de um Brasil tão imune à crise quanto à gripe suína. Me engana que eu gosto.
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